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O Segredo Magnético da Navegação das Aves Migratórias

Os animais têm desenvolvido ao longo do tempo diversas estratégias de navegação e localização para se orientarem no ambiente em que vivem. Alguns utilizam referências visuais, como o sol, a lua, estrelas, sombras e horizontes, para se orientarem. Já outros utilizam o olfato para seguir trilhas deixadas por outros animais ou para identificar odores específicos em determinados locais.


Diversas espécies animais utilizam a magnetorrecepção (percepção do campo magnético da Terra) para se orientarem em migrações, graças a células fotorreceptoras sensíveis a mudanças magnéticas presentes em seus olhos. Aves migratórias são um exemplo e usam essa habilidade para se orientarem em relação à direção, altitude e localização, possibilitando a navegação em condições desafiadoras como em dias nublados ou locais com pouca visibilidade. A capacidade de magnetorrecepção tem sido estudada como um possível método utilizado pelos animais para desenvolver mapas regionais.


Aves migratórias usam o campo magnético para navegar.
Aves migratórias usam o campo magnético para navegar.

Proteína na Retina atua como Bússola Magnética


O artigo Retina protein may be a magnetic compass for birds relata um estudo que identificou uma proteína na retina das aves que está envolvida na percepção do campo magnético da Terra. Os pesquisadores descobriram que a proteína Cry4 está presente em células da retina de várias espécies de aves migratórias e que é sensível a mudanças no campo magnético. Acredita-se que essa proteína ajuda as aves a se orientarem durante suas migrações, permitindo que elas detectem a direção e a intensidade do campo magnético.


O pisco-de-peito-ruivo-europeu (Erithacus rubecula) contém proteínas CRY4 em sua retina que podem ajudá-lo a navegar ao detectar o campo magnético da Terra.
O pisco-de-peito-ruivo-europeu (Erithacus rubecula) contém proteínas CRY4 em sua retina que podem ajudá-lo a navegar ao detectar o campo magnético da Terra.

Comportamento em Cativeiro Revela uso do Campo Magnético


O artigo Magnetic Orientation In Birds mostra que aves migratórias em cativeiro apresentam comportamento agitado e preferem ficar perto de suas gaiolas apontando para a direção migratória durante os períodos em que seus companheiros livres migram, o que foi utilizado para análises em laboratório. Mudanças no norte magnético, mantendo as outras pistas direcionais inalteradas, resultaram em mudanças nas preferências direcionais das aves, indicando a utilização do campo magnético para orientação. A inclinação diferente não impede aves migratórias do hemisfério norte e sul de usarem o mesmo programa migratório.


Orientação dos piscos-de-peito-ruivo: quando o norte magnético (mN) é desviado, os pássaros alteram sua direção preferida.
Orientação dos piscos-de-peito-ruivo: quando o norte magnético (mN) é desviado, os pássaros alteram sua direção preferida.

Mostra-se o menor ângulo entre a gravidade e as linhas do campo magnético (γ).
Mostra-se o menor ângulo entre a gravidade e as linhas do campo magnético (γ).

A habilidade de algumas aves de se orientarem pelo campo magnético da Terra é uma das mais impressionantes e misteriosas da natureza. Entender como as aves utilizam o campo magnético pode ajudar a explicar seus comportamentos migratórios e também pode ter implicações importantes para o desenvolvimento de novas tecnologias de navegação e orientação.


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